sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Há que ousar dizer "eu sou feminista"!

A informação que anda a ser debatida em vários blogs (ex: vejam no Jugular e Nas Minhas Histórias) decorrente de uma notícia que saiu no jornal Público, desta vez, sobre o que as mulheres produzem no mundo e aquilo que auferem, revela a importância de continuarem a haver feministas, a nível mundial.

De facto, segundo a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pilay "As mulheres são responsáveis por dois terços das horas de trabalho no mundo inteiro e produzem metade dos alimentos do mundo. No entanto, devido à discriminação e às definições estereotipadas de papéis em função do sexo, auferem apenas 10 por cento do rendimento do mundo e possuem menos de um por cento dos bens a nível mundial." (Público, 10 de Dezembro, 2009, p.39).

Por esta e muitas outras razões (ex.: a questão da violência doméstica), temos de continuar a trabalhar, no sentido de conseguirmos despertar as consciências, nomeadamente das mulheres, para estas situações claramente discriminatórias, a nível mundial. Só assim, e sendo muito persistentes, é que as pessoas poderão começar a mudar e até juntar-se a nós, envolvendo-se em acções para a mudança da estrutura social.


Além disso, como disse Benoite Groul, "Le féminisme n'a jamais tué personne, le machisme tue tous les jours". Por essa razão, mais do que nunca, e sem medos de sermos rotulad@s de... do que quer que seja, temos de ousar dizer que somos feministas.

Uma coisa é certa, só há um caminho - o da igualdade.

2 comentários:

Nan disse...

É assim mesmo! É que até já há criaturas que usam «feminista» como insulto!

Maria Helena Santos disse...

É verdade!
É machismo flagrante. Mas nós sabemos que isso também se deve ao baixo nível de conhecimento sobre esta questão. A maior parte das vezes,essas pessoas nem sequer sabem que não há apenas um feminismo, mas vários... embora o objectivo final seja a igualdade.