Veja toda a informação no seguinte site: http://www.inequalitywatch.eu/
Este é, certamente, um contributo importante para uma luta mais informada contra as desigualdades sociais que existem em toda a Europa.
A igualdade entre homens e mulheres é importante em termos de desenvolvimento!
É o que conclui o World Development Report 2012: Gender Equality and Development
Pode ver toda a informação, em várias línguas, nomeadamente, em português, aqui: World Development Report 2012 - Data & Research - World Bank
Perante tal retrocesso civilizacional, que atinge sobretudo as mulheres, já várias pessoas e entidades vieram responder a esta medida com grande indignação. A Associação para o Planeamento Familiar (APF), por exemplo, alerta condena esta medida e acredita que o Fim da comparticipação da pílula pode aumentar recurso ao aborto (JN).
Veja também o site: http://www.apf.pt/cms/files/conteudos/file/Noticias%20e%20destaques/2011/Setembro%202011/NI08092011.pdf
Felizmente (para algumas pessoas), a pílula continuará a ser distribuída gratuitamente nos centros de saúde (CS) e nas consultas de planeamento familiar. No entanto, já todas/os sabemos como as coisas, por vezes, funcionam nos CS e quem acaba por lá ir com mais frequência – as pessoas mais carenciadas. Isto significa que esta medida vai gerar mais desigualdade sociais.
Como diz Andrea Peniche, do BE, num contexto destes em que o objectivo é poupar, Quem corta assim é parvo, porque é já mais do que sabido que “a medicina preventiva é mais barata que a medicina curativa [o que interessa mais ao Governo] e, sobretudo, mais humana.” Tanto a deputada do BE, Helena Pinto (A pílula é um luxo?), como a APF salientam, e muito bem, que estes produtos "não são luxos". Foi graças ao recurso da pílula, como método contraceptivo, que foram alcançados os elevados níveis de contracepção no nosso país.
Uma coisa é certa, uma medida destas é inadmissível no séc. XXI. Não podemos ficar de braços cruzados perante tal atentado ao direito à saúde, os direitos sexuais e reprodutivos - OS DIREITOS DAS MULHERES!
Não ao retrocesso!
Neste sentido, estão patentes no Estaleiro Cultural Velha-a-Branca as exposições permanentes de Mariana Bacelar, Mariana Selva, Ana Pereira e Natacha Pereira. Na Livraria Centésima Página estão as obras da artista Olga Barbosa. Estão ainda no espaço Quatorze os trabalhos de Helena Elias.
Para além das exposições permanentes, terão ainda lugar ao longo do mês de Setembro performances do GATA (Grupo Activismo e Transformação pela Arte), Vânia Silva, Ana Baptista e Maíra Ribeiro, Flávio Rodrigues e Tin.Bra. Espaço ainda para a apresentação de livros das académicas Ana Gabriela Macedo e Manuela Tavares bem como para uma mesa redonda que procurará desmistificar a identificação da arte feminista com a arte no feminino, que conta com a presença de Márcia Oliveira, Maria Luísa Coelho e Marta Bernardes.
Paralelamente, e através de parcerias, ocorrerá um encontro dedicado à autora Clarice Lispector na Livraria Centésima Página e a leitura de uma peça organizada pela Comunidade de Leitura Dramática do BragaCult.
O festival arrancou oficialmente no dia 3 de Setembro e decorrerá ao longo de todo o mês. Para uma visita comentada junte-se a nós para o Roteiro pelas obras com o comentário de Ana Gabriela Macedo. Todas as entradas são gratuitas.