quinta-feira, 31 de março de 2011

A precariedade e as mulheres


O trabalho precário é actualmente um dos maiores problemas da nossa sociedade e afecta particularmente as mulheres, uma vez que são duplamente discriminadas.

Por essa razão, mulheres e homens devem lutar para combater a precariedade e conquistar direitos, participando aqui, no MayDay Lisboa 2011: A precariedade e as mulheres.

MayDay Lisboa, 2011

Quando: Domingo, 1 de Maio às 13h.

Onde: Largo de Camões - Lisboa


quarta-feira, 30 de março de 2011

domingo, 27 de março de 2011

Queremos mais mulheres políticas!


Numa altura de crise política no nosso país, em que já se fala em eleições e nos prováveis vencedores (assim mesmo no masculino!), o Jornal Expresso de sábado (26 de Março, 2011) publica uma boa crónica de Faranaz Keshavjee que nos obriga a reflectir sobre algumas questões fundamentais num país democrático.

Pode ler a crónica aqui:

Crise política e crise de género. Onde estão as mulheres?

quarta-feira, 23 de março de 2011

APRESENTAÇÃO DA BASE DE DADOS EM ESTUDOS SOBRE AS MULHERES

Lançamento da Base de Dados em Estudos sobre as Mulheres
A apresentação da Base de Dados em Estudos Sobre as Mulheres, que terá lugar no dia 31 de Março de 2011, pelas 17h00, na Sala de Atos da Universidade Aberta.

Homenagem a Elizabeth Taylor (1932-2011)

A actriz morreu em Los Angeles, nos EUA, aos 79 anos de idade.
Filha de pai e mãe americano/a, nasceu em Inglaterra em 1932 e mudou-se para os EUA em 1939.
Começou a sua carreira no cinema muito nova, tendo apenas 10 anos quando participou no filme "There's One Born Every Minute". Mais tarde, em 1943 participou na série "Lassie".

Venceu 2 Óscares da Academia na década de 1960 pelos papéis nos filmes "Quem tem medo de Virginia Woolf" (1967) e "Butterfield 8" (1961). Foi ainda nomeada para mais 3 Óscares com os filmes "A Árvore da Vida" (1958), "Gata em Telhado de Zinco Quente" (1959) e "Bruscamente no Verão Passado" (1960). Embora "Cleópatra" (1963) não lhe tenha valido qualquer nomeação para os Óscares, o filme é um dos seus grandes sucessos.

A actriz também foi activista, tendo participado e organizado vários eventos a favor de causas humanitárias, nomeadamente contra a SIDA. Em 1991 fundou a American Foundation for AIDS Research (AmFar), após a morte do seu colega actor e grande amigo Rock Hudson, em 1985.

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terça-feira, 22 de março de 2011

Há imagens que dizem mais do que mil discursos!



Diz o anúncio "Porque há coisas que só acontecem às mulheres [como, por exemplo, romper as meias?!], a Fidelidade Mundial e a Império Bonança têm o Seguro Mulher. É um seguro de vida criado para a proteger em caso de doenças graves femininas (...) (e.g., ver revista Visão, p.22, Nº. 940)

segunda-feira, 21 de março de 2011

Hoje celebra-se o Dia da Poesia!

Por isso, deixo aqui “Catarina Eufémia”, um poema de Sophia de Mello Breyner Andresen

O primeiro tema da reflexão grega é a justiça
E eu penso nesse instante em que ficaste exposta
Estavas grávida porém não recuaste,
Porque a tua lição é esta: fazer frente

Pois não deste homem por ti
E não ficaste em casa a cozinhar intrigas
Segundo o antiquíssimo método obliquo das mulheres
Nem usaste de manobra ou de calúnia
E não serviste apenas para chorar os mortos

Tinha chegado o tempo
Em que era preciso que alguém não recuasse
E a terra bebeu um sangue duas vezes puro

Porque eras a mulher e não somente a fêmea
Eras a inocência frontal que não recua
Antígona poisou a sua mão sobre o teu ombro
no instante em que morreste
E a busca da justiça continua

domingo, 13 de março de 2011

As Mulheres não são Homens!


Ainda a propósito do Dia Internacional das Mulheres, veja a crónica de Boaventura Sousa Santos na última Revista VISÃO (Nº 940, 10 a 16 de Março de 2011)
- As Mulheres não são Homens

Salientarei aqui apenas duas frases:

- Os dias ou anos internacionais não são, em geral, celebrações. São modos de assinalar que há pouco para celebrar e muito para denunciar e transformar.

- Ser feminista significa reconhecer que a discriminação existe e é injusta e desejar activamente que ela seja eliminada.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Bastonário da Ordem dos Médicos considera publicação claramente homofóbica na Revista da Ordem "normal"!

Na edição de Janeiro da Revista da Ordem dos Médicos foi publicado um artigo de opinião intitulado “O sentido do sexo” da autoria de William H. Clode, director do Instituto Português de Oncologia (IPO). Neste artigo, o autor aborda os cinco sentidos, o "sexto sentido" e o "daltonismo dos sentidos". Nesta última secção entre várias afirmações, podemos encontrar que: "A sociedade homossexual diferencia-se da heterossexual pelos gestos, pela fala, pela indumentária, pelos gostos e por manifestações subtis que identificam um comportamento." e "a homossexualidade é conhecida desde que o ser humano está na História do Planeta. É repudiada em todas as civilizações, mas tolerada nas civilizações mais evoluídas pois a humanidade aprende a respeitar os doentes, os defeituosos, os anormais, os portadores de taras…"

Dito isto, podiamo-nos questionar sobre o pensará José Manuel Silva (bastonário da Ordem dos Médicos, recentemente eleito) sobre este artigo homofóbico?

Pode ler aqui o excerto da polémica:




A Rede Ex-aequo (associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes) escreveu uma carta aberta ao bastonário da Ordem dos Médicos e à Direcção da Revista da Ordem dos Médicos, pedindo a condenação do artigo de William H. Clode. De acordo com o Jornal público, basicamente, o Bastonário dos médicos acha “normal” texto contra homossexuais - Sociedade - PUBLICO.PT

Em suma, há neste artigo uma discriminação que é flagrante, no qual os homossexuais são classificados como “doentes”, “defeituosos”, “anormais”, “portadores de taras”, com “condutas repugnantes”, “higiene degradante” e que requerem “correcção”, e o Bastonário simplesmente recusa-se a dar a sua opinião sobre o artigo!? E ainda salienta que a Revista da Ordem “é plural e livre” e que “os artigos de opinião são da responsabilidade dos seus autores”?! E continua, clarificando que “Não há censura na Revista da Ordem dos Médicos, nem ninguém na Revista usa as suas opiniões pessoais para censurar a opinião dos outros. Isso não seria estar a viver em democracia”, defendeu o bastonário, que considera que tudo foi feito de “forma transparente, democrática e normal”?!

Então, será que o sr Bastonário conhece, por exemplo, o art.13.º da CRP?

Há que fazer bem o trabalho de casa para se evitar dizer este tipo de barbaridades. Já todos/as sabemos, por exemplo, que há duas décadas que a OMS retirou a homossexualidade da sua lista de doenças mentais e que a Amnistia Internacional considera a discriminação contra homossexuais uma violação aos direitos humanos!

O Código Penal também prevê no art.º 240 a punição de crimes de “discriminação racial, religiosa ou sexual”. De acordo com o Código Penal, “quem, em reunião pública, por escrito destinado a divulgação ou através de qualquer meio de comunicação social ou sistema informático destinado à divulgação (...) difamar ou injuriar pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, religião, sexo ou orientação sexual (...) é punido com pena de prisão de seis meses a cinco anos”.

Neste contexto, como pode o sr Bastonário querer tratar deste artigo, claramente homofóbico, como um mero artigo de opinião, escrito num país livre e democrático!? Parece claramente acreditar que em democracia tudo é permitido?!

Sugiro, então, um exercício velho, mas simples: coloquem-se sempre no lugar das outras pessoas e não lhes façam aquilo que não gostariam que vos fizessem!

A Ordem dos Médicos pode ser contactada através deste site.

terça-feira, 8 de março de 2011

Desigualdade de género: conta-me como foi nos últimos 50 anos!

Hoje, Dia das Mulheres, recebi um presente da minha querida sobrinha Catarina, acabadinho de chegar da nossa vizinha Espanha.

Trata-se de um vídeo que resume muito bem o papel tradicional da mulheres na sociedade espanhola e o impacto que tem na violência de género.

Por outro lado, também serve para vermos como a realidade tem evoluído, no sentido da igualdade de género, nas últimas décadas, ou seja, mostra o trabalho que já foi feito, mas também o que ainda há por fazer!

Como é muito semelhante à realidade portuguesa, pensei em partilhá-lo aqui:

50 años de... La mujer, cosa de hombres - RTVE.es

segunda-feira, 7 de março de 2011

Por que é que existe o “Dia da Mulher”?

Amanhã, dia 8 de Março, comemora-se mais um “Dia da Mulher”.
Embora este dia já se comemore há 101 anos, convém sempre recordar como começou e porque continua a ser necessário!

Veja, por exemplo, o seguinte post: Semana da Mulher - Dia Internacional da Mulher - 100 Anos de História e Luta

Salientarei apenas que foi Clara Zetkin a criadora do "Dia Internacional da Mulher”. Esta feminista, socialista e activista alemã propôs a realização de um dia de luta internacional das mulheres que defendesse os seus direitos no II Congresso de Mulheres Socialistas, realizado em Copenhaga, em 1910.

Hoje, mais de um século mais tarde, os/as homens e mulheres feministas continuam a lutar pela igualdade de direitos (sociais, cívicos e políticos), nomeadamente igualdade de salários.

Por isso, não posso, mais uma vez, deixar de dar os meus parabéns a todas as mulheres do mundo e a tod@s @s que contribuem para que o Dia Internacional das Mulheres termine de uma vez! Quando tal acontecer, é bom sinal, sinal de que a igualdade de género foi conseguida!

Mas, enquanto for necessário, viva o Dia Internacional das Mulheres!

Mas, enquanto for necessário, viva o Dia Internacional das Mulheres! Porque, de facto, como dizia Jonh Lennon, as mulheres continuam escravas do mundo.
Pensa nisso e faz alguma coisa!


sexta-feira, 4 de março de 2011

Exposição "Percursos, Conquistas e Derrotas das Mulheres na 1ª República"


O Conselho Cultural da Universidade do Minho apresenta, de 4 a 31 de Março, na galeria do Salão Medieval, no Largo do Paço, em Braga, a Exposição "Percursos, Conquistas e Derrotas das Mulheres na 1ª República". A entrada é livre.
A exposição, cedida pelo Biblioteca Museu República e Resistência da Câmara Municipal de Lisboa, foi concebida para trazer à luz a problemática feminina deste período da nossa história. O Conselho Cultural vai aproveitar a ocasião para promover um conjunto de iniciativas sobre a problemática do género, cuja primeira terá lugar já no próximo dia 11 de Março, pelas 21h30, no Salão Medieval com um debate sobre questões actuais das conquistas das mulheres. A exposição é rica em imagens de mulheres feministas e republicanas militantes que se empenharam na luta politica, projectando os seus anseios e reivindicações.
As pessoas interessadas podem ver a exposição de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.

A não perder para quem passar por Braga!

O 1º Dia Europeu da Igualdade Salarial na UE




Neste documento, pode-se constatar que, em média, as mulheres ganham menos 17, 5% do que os homens ao longo da vida!



Amanhã, também será assinalado o número de dias extra que as mulheres têm de trabalhar, em 2011, para atingirem o mesmo montante de remuneração que os homens auferiram em 2010.