quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Acabar com a violência doméstica depende de todas/os. Não se cale!!

É rara a semana em que não há notícias sobre violência doméstica. De acordo com o CM, esta semana já morreram três mulheres (veja: Assassinadas pelos maridos e PSP tranca filho e executa mulher - Correio da Manhã) vítimas de violência doméstica!

É urgente que o governo comece a pensar nesta questão com a devida seriedade que ela merece. É preciso garantir mais segurança às vítimas de violência doméstica e punir devidamente quem agride, ou mata!

Mas a sociedade também tem um papel importante: Diminuir a violência doméstica depende de todas/os. Não se cale!

A este propósito, recentemente, foi lançada uma Campanha no Brasil chamada "Mulheres e Direitos", que pede, precisamente, o fim da violência e a promoção da igualdade de género.
Ora veja.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Um filme verdadeiramente chocante!

O filme «A Vénus Negra» de Abdellatif Kechiche trata das questões de exploração sexual e de racismo flagrante.

A cena passa-se no início do século XIX e relata a vida de uma mulher - Saartjie Bartman (1789-1815), muito bem interpretada pela actriz Yahima Torres - que foi trazida da África do Sul para a Europa, onde foi explorada pelo “patrão”, Caesar, de forma inqualificável. Começou por se tornar numa atracção circense (aparentemente consentida), onde a multidão pagava para ver a “aberração” e para tocar as nádegas avantajadas desta “selvagem Vénus hotentote”. Depois, foi vendida a um domador de animais francês que também a explorou, obrigando-a a participar em shows eróticos e a prostituir-se.

Devo dizer que fiquei horrorizada! Inevitavelmente, a dada altura senti-me mais uma daquelas pessoas que assistiam ao seu espectáculo e cheguei a arrepender-me de ter ido ver o filme. Achei o filme pesado, com cenas longas e demasiado repetitivas, de uma violência atroz. Mas resisti (ao contrário de algumas pessoas), porque, se é verdade que, por vezes, dói ver a realidade, também é verdade que dói ainda mais à vítima. Por isso, concordo que é preciso demonstrá-la desta forma, nua e crua, para vermos claramente do que é que somos capazes, mas sobretudo para que nunca mais se repita!

A questão central é "até onde vai a curiosidade e a exploração humana perante algo ou alguém considerado fora dos padrões?".

Embora o episódio se passe no início do século XIX, a curiosidade por conhecer a sua anatomia também chegou à classe científica que investigou o seu corpo e, mais tarde, colocou os seus restos mortais num museu, onde permaneceram como uma atracção até século XX (1974)!

E actualmente já não há “shows de horrores” nas ruas, mas a exploração persiste na Internet.


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sugestão de um filme: "A Conspiradora"


Este fim-de-semana vi um filme, chamado "A Conspiradora" que recomendo vivamente. Não porque esteja directamente relacionado com as questões de género, mas com uma questão mais ampla. De facto, o filme faz-nos reflectir sobre a importância de vivermos num sistema democrático e permite-nos verificar o longo caminho que já foi feito no sentido de uma democracia... digamos, mais democrática!
Trata-se de um filme realizado por Robert Redford e onde participam várias actrizes e actores excelentes.

Muito resumidamente, o filme passa-se em Washington, em 1865. Na sequência do assassinato de Abraham Lincoln (o 16º presidente dos EUA), 8 pessoas são presas e acusadas ​​de conspirar para matar o Presidente, o Vice-Presidente e o Secretário de Estado. A única mulher acusada, Mary Surratt (Robin Wright), é proprietária de uma pensão onde John Wilkes Booth e os outros se reuniram e planearam os ataques.
Com o pós Guerra Civil de Washington como sinistro pano de fundo, o jovem advogado Frederick Aiken (James McAvoy), um herói de guerra da União, com 28 anos, relutantemente decide defender Surratt perante um tribunal militar. Aiken apercebe-se que a sua cliente pode ser inocente, sendo usada como “bode expiatório” de uma nação sedenta de justiça e de vingança. Mary Surratt vê-se obrigada a confiar em Aiken para descobrir a verdade e salvar a própria vida.
Frederick Aiken consegue provar a sua inocência. Agora, se consegue, ou não, salvar-lhe a vida é uma questão que prefiro deixá-l@ descobrir no cinema...