segunda-feira, 31 de maio de 2010

Visões do Feminismo no Séc. XXI / Concurso de fotografia até 30 de Junho!





























O Lobby Europeu de Mulheres (LEM) lançou o concurso de fotografia "Visões do Feminismo no Séc. XXI".
As fotografias seleccionadas serão expostas em Bruxelas e darão origem a uma publicação.
Consulte o
regulamento.

Participe!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

"O género é o que está a dar"!?

Não vou gastar mais do meu tempo com a crónica da Helena Matos, assim designada, que copiei do Jornal Público de hoje, até porque a minha colega e amiga Sofia Neves já lhe respondeu devidamente no seu blog: A PIDE do Género

Mas fiz questão de divulgá-la aqui na íntegra, porque julgo que no século XXI é importante que as/os titis do género andem mais bem informadas/os do que a titi da obra de Eça de Queirós!


Diz Helena Matos
“O género está para os dias de hoje como o pecado para a titi de A Relíquia queirosiana. A dita senhora via pecado em todo o lado e quase não perdoava ao Deus que tanto adorava ter dividido a humanidade em homens e mulheres, dualidade que estava na origem de todo o mal, segundo a mesma devota e riquíssima senhora. As novas titis não são proprietárias de meia Lisboa como era a titi de A Relíquia, mas também não vivem mal. Constituem um grupo profissional em franco progresso e bem estabelecido na vida, pois ninguém ousa questionar os seus cargos já que se tal acontece eles logo lançam a excomunhão do reaccionarismo, do preconceito e doutras coisas nefandas sobre quem os questiona.
As novas titis dedicam-se às questões de género com o mesmo zelo que a pretérita titi dedicava ao pecado. Digamos que em cada época as respectivas titis procuram erradicar o que definem como pecado, definição essa que para nossa desgraça invariavelmente cai nos nossos corpos. Assim, antes as titis eram beatas e não se lhes podia falar de sexo. Agora são especialistas em questões de género e só se pode falar do sexo como elas determinam: de preferência numa terminologia epicena, sem masculinos nem femininos; com progenitores em vez de pais e de mães; pessoas no lugar de homens e mulheres...
Enfim, é disparate, mas é um disparate muito rentável: as faculdades encheram-se de especialistas de género que viajam para congressos sobre questões de género, onde fazem intervenções sobre género. Voltam de lá invariavelmente a dizer que temos de investir mais meios nas questões de género, intervir mais na vida das empresas, das famílias, das escolas e de tudo o que existe para eliminar as discriminações, a homofobia, o sexismo... e assim ininterruptamente vão aumentando o número de funcionários afectos às questões de género. Os partidos muito sensíveis “ao que está a dar” acham que devem falar sobre o género e ter deputados que fazem do género não só a sua temática preferencial como fazem do seu próprio género, ausência dele ou mudança dele o seu cartão-de-visita, quando não o seu currículo. Aliás, os parlamentos, associações e partidos ostentam hoje fulano que assume ser homossexual e cicrano transexual com o mesmo garbo exótico com que nas exposições coloniais de outrora se exibiam os chefes tribais africanos com as suas várias mulheres.
Presumo que o género e toda a literatura que tem produzido deve dentro de alguns anos
repousar no mesmo embaraçoso limbo onde pairam os milhares de estudos sobre a alternativa terceiro-mundista ao capitalismo ou as profundíssimas teorizações sobre a relação da psicanálise com a luta de classes, mas até lá, e tal como aconteceu com as anteriores temáticas, a questão do género mantém activa e devidamente sustentada esta legião de neotitis.
E note-se que ainda vamos ter saudades da conversa do género porque, apesar de tudo, o género ou a falta dele ainda é um assunto da vida. Ora, como tudo indica que a morte, ou mais propriamente a eutanásia, é a causa de avanço civilizacional que se segue, não é difícil perceber por que ainda nos vão parecer felizes estes dias de hoje em que andávamos às voltas com as titis enquanto funcionárias do género.” (Jornal Público, 20 de Maio, 2010, p. 41)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Portugal deu mais um passo no sentido da igualdade!


O Presidente da República, Cavaco Silva, promulga a Lei da igualdade no acesso ao casamento!

Cavaco Silva, escolheu o dia de ontem - Dia Mundial de Luta Contra a Homofobia e Transfobia - para anunciar a sua decisão sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo: promulga a Lei, acelerando o processo da igualdade.

Estamos todo/as de parabéns!



Veja a declaração do Presidente aqui:

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Quem é que nos ensina a discriminar?!


De acordo com as notícias, hoje, 13 de Maio de 2010, e portanto no século XIX, o Papa falou contra o aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo em Fátima!

Felizmente, vários sectores da sociedade já reagiram às suas declarações. A presidente da União das Mulheres Alternativa e Resposta, por exemplo, criticou a «ostracização» das mulheres e dos homossexuais.

Concretamente, Maria José Magalhães disse à Lusa que «A UMAR lamenta que o Papa continue no caminho de ostracização dos direitos das mulheres e das pessoas com orientação sexual diferente e que inverta os seus próprios objectivos de paz e harmonia».
Acrescentou que «impedir o direito ao aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo é um obstáculo ao desenvolvimento, à harmonia e à felicidade».







Nota: Esta foto, que caracteriza muito bem esta situação, foi roubada ao Colectivo Feminista

Ver a notícia na totalidade aqui:
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/papa-bento-xvi-aborto-gays-tvi24/1162559-4071.html

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Lançamento do livro "Homossexuais no Estado Novo"!


Lançamento do livro "Homossexuais no Estado Novo”, da autoria de São José Almeida, da Sextante Editora, no próximo dia 20 de Maio, pelas 18:30h, no El Corte Inglês.

A apresentação da obra será feita por Tereza Pizarro Beleza e António Fernando Cascais.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Nova polémica publicitária em França!

Damien Saez escolheu esta foto de uma mulher nua num carrinho de compras (realizada pelo conhecido fotógrafo Jean Baptiste Mondino) para a capa do seu novo álbum e também a usou em cartazes promocionais.

Com esta imagem, o autor tem como objectivo acusar, alertar para o facto de as mulheres, muitas vezes, serem tratadas como produtos de consumo. Ou seja, a imagem é o objecto da contestação, uma critica à obscenidade do consumo.

Contudo, a Entidade Reguladora da Publicidade em França decidiu censurar o cartaz, dizendo que este “apresenta um carácter degradante da mulher na medida em que ela aparece nua, e num carrinho de compras, logo como uma mercadoria”!

Perante a censura, o artista optou por substituir a fotografia por uma mensagem no cartaz: "La photo initialement prévu pour cette affichage a été interdite dans les couloirs de nos métro, J'accuse".

Mas também este texto foi proibido e recusado por todas as redes publicitárias!
Qual será a verdadeira razão da censura deste cartaz?

O que parece incomodar mais não é certamente a imagem da mulher semi-nua. Não será a frase colocada em cima do cartaz “j’accuse” o grande problema?


Para saber mais aqui:

http://saez.mu/
http://www.saezworld.com/
http://www.saezlive.net/start
http://www.myspace.com/saez


segunda-feira, 10 de maio de 2010

Lançamento Público de Novo Jornal Gratuito da UMAR

Hoje, 2ª-feira, dia 10 de Maio de 2010, será efectuado o lançamento público do número 0 de um novo jornal de distribuição gratuita, promovido pela UMAR.

O lançamento é às 17:00h no Fábulas (Chiado).

A/os participantes terão direito a um exemplar.
Participe. Este evento é público. Qualquer pessoa pode juntar-se e convidar amigos e amigas.


Veja mais informações sobre o jornal a ser lançado hoje aqui:

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/papa-bentoxvi-i-diario-umar/1161218-4071.html

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Movimento de cidadãos pela laicidade!

http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=CPL2010

As mulheres, o sexo e a infidelidade!

« Les hommes, l’amour, la fidélité »,
Assim se chama o livro da psicóloga clínica Maryse Vaillant recentemente lançado em França e que ainda não li e (verdade seja dita, pelo que vi no Feminino Negócios - http://www.nofemininonegocios.com/) nem pretendo ler!

De acordo com a autora, a infidelidade masculina faz bem ao casamento e a fidelidade é uma "fraqueza de carácter"!

Diz que, ao serem infiéis, os homens estão a agir de acordo com a sua natureza e que isso é "essencial ao seu funcionamento psíquico", não deixando de amar as suas parceiras. A maioria dos homens precisa de “um espaço próprio" e que a infidelidade é quase inevitável”! Que os poucos homens sem casos extra-conjugais normalmente têm "uma fraqueza de carácter", que "São homens cujo pai era física ou moralmente ausente.

Por seu lado, se as mulheres aceitarem que "os pactos de fidelidade não são naturais, mas culturais", podem ter uma experiência "libertadora".
...
Ok, pronto, admito, fiquei curiosa de saber o que pensa a autora sobre a mesma questão quando se trata das mulheres!