quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Hoje vou contar uma história real!

Estou chocada...e talvez não o devesse estar face à realidade do código de trabalho vigente...mas estou e vou continuar a estar! Hoje vou contar uma história real! Uma das muitas histórias reais do nosso País.

Tenho uma amiga que trabalhava como técnica de farmácia numa das muitas farmácias da cidade de Lisboa. Até agora nada de estranho! Está casada há algum tempo, e ela e o marido (que está empregado na 4ª melhor empresa portuguesa para se trabalhar) decidiram ter um bebé...ela engravidou em Fevereiro. Refiro que ela trabalha há cerca de 2 anos a recibos verdes, com contratos de 6 meses automaticamente renováveis. Normal! (ou não,já não sei...). A partir daqui é que a porca torce o rabo! O seu contrato de 6 meses renovável terminaria no final de Junho (2010). A minha amiga achou que, por uma questão de princípio, devia falar com a entidade patronal avisando desta sua nova condição (a cerca de um mês de acabar o seu contrato, e com 3 meses de gravidez)...reagiram bem, dando-lhe os parabéns...ainda bem...pois..ainda mal...no dia seguinte, e por telefone...sim disse bem...por telefone...avisaram que ela devia era investir no seu filho, e que para ela era muito bom ficar em casa a tratar dele, e que...não lhe iriam renovar o contrato...afinal... Dah!!! Ora agora é que é de uma pessoa ficar algo esquizofrénica...então ontem estava tudo bem...e hoje é melhor ela ficar em casa a tratar do filho?!?!... Mas é para o bem da mãe e do filho...que simpáticos os patrões...ou ex-patrões deverei dizer...HIPOCRISIA é como se chama...A noite que é muitas vezes boa conselheira, deve ter acordado com os pés de fora, recordando aos patrões que uma mulher grávida é uma chatice para o estabelecimento. Recordo que o patrão tem uma filha a trabalhar como farmacêutica neste estabelecimento...nem sei bem se ela deverá ou não engravidar...

Na realidade, e infelizmente, nada há a fazer nestes casos...NADA!!! Contudo, se a minha amiga em vez de ser a mulher fosse o marido, a não renovação do contrato não aconteceria pelo simples facto de ele "estar grávido"...Assim, só posso concluir que, a diferença não está na competência, na qualidade do serviço, na mais valia de um funcionário para uma empresa...mas sim no facto de, a pessoa "grávida" tem uma vagina ou um pénis... Será que a paridade nestes casos só vingará quando um homem também conseguir ficar "grávido"....literalmente?!

Para mais informação, o bebé nasceu saudável e feliz... : ) ...e é lindo!!!!!!!

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