terça-feira, 21 de junho de 2011

Mais um passo no sentido da democracia plena!

Hoje é um dia histórico, em termos de igualdade de género, na política portuguesa. Pela primeira vez, foi eleita uma mulher para presidir à Assembleia da República - Assunção Esteves - a segunda figura do Estado.

Assunção Esteves nasceu em Valpaços há 54 anos. É licenciada em Direito, mestre em Ciências Jurídico-Políticas e, segundo a Visão, também foi a primeira mulher a desempenhar o cargo de juíza no Tribunal Constitucional, onde esteve entre 1989 e 1998.Relativamente à política, também já tem um longo percurso. Foi eleita deputada do PSD em 1987, pelo círculo de Vila Real, e novamente em 2002. Em 2004 integrou a lista da coligação PSD/CDS-PP e foi eleita eurodeputada.

Na sua primeira intervenção, enquanto presidenta da Assembleia da República, Assunção Esteves defendeu, nomeadamente, que é exigido aos deputados [e eu incluiria, e às deputadas] uma "reinvenção da Democracia". Nós esperamos que esta reinvenção considere uma maior igualdade de género!

É preciso nunca esquecer que este momento é histórico, tendo sido precisos 37 anos de democracia para pensarem numa mulher para este cargo!

6 comentários:

Mentiroso disse...

Não há dúvida que a eleição duma mulher para este cargo demonstra um avanço em que a que a mentalidade já estava preparada para o acontecimento. Agora chamar-lhe «presidenta» é mais uma afirmação da ignorância de iletrados e impostores dos jornaleiros nacionais, pobres pedantes que se julgam suficientemente inteligentes e sabedores para quererem reescrever a gramática e os dicionários de português. Outros exemplos gritantes são esses basbaques pedantes pronunciarem tantas palavras erradamente com um sorriso de orgulho de estúpido nas ventas, tais como biópsia, entochicar, etiúpes, septicémia e tantas outras. O nome que define oficialmente este uso é iletrado.

Idem com chamar democracia ao sistema político de governação em Portugal. Os pasmados que pensam que têm razão em acreditar que seja, mas que lhes reste ainda algum entendimento do que lêem, podem tirar qualquer dúvida consultando as verdadeiras explicações dos termos democracia e oligarquia na Wikipédia. É gratuito, mas esclarecedor e permite acreditar na verdade em lugar da banha da cobre de que a corrupção se serve.

Maria Helena Santos disse...

Mentiroso, daí o título do meu post. Eu creio que se trata de uma democracia, embora seja uma democracia inacabada.
O significado dos conceitos de “direitos humanos”, de “cidadania” ou “democracia” não é único ou estático, visto que resulta das mudanças realizadas ao longo da história. Por exemplo, no início das democracias modernas (altura em que foram instituídos os sistemas parlamentares e a eleição dos seus representantes pelo povo) nem todos os homens foram imediatamente eleitores e elegíveis, havendo algumas restrições, como é o caso da classe e da origem étnica.
As mulheres também foram literalmente excluídas da cidadania em razão do seu sexo. No início do século XX eram poucas as mulheres que podiam votar, a nível mundial, e eram ainda menos as que podiam ser eleitas.
Obviamente o objectivo será democracia plena, mas isso... só a história o dirá ;o)

Anónimo disse...

É verdade que foi um dia histórico. Mas atenção! Cuidado! Pode não passar de um acto de demagogia por parte do PSD!

"Cuidado com o Pedrito (Passos Coelho)!
Quem diz isto conhece-o pela calada.
Ele é igual aos outros.
Tem é a cara mudada."

Clint Eastwood (comunista com orgulho)

Maria Helena Santos disse...

Claro que é preciso sempre cuidado Clint.
Como nós costumamos dizer em Ciências Sociais, por enquanto, as mulheres que vão sendo convidadas para a AR são tão poucas que são apenas tokens (ou seja, servem apenas de exemplo para a maioria/homens dizer que já não há discriminação de género) Aliás, eu estive sempre atenta nestas eleições legislativas para ver se a Lei da Paridade era cumprida, ou não. Verifiquei que as resistências à mudança por parte dos homens são flagrantes. A percentagem de mulheres baixou para o nível das eleições de 2005. E colocam quase sempre as mulheres em 3º, 6º e 9º lugar (ou seja, no limite permitido pela lei), o que faz com que a representação das mulheres não passe disso! E o PSD e, sobretudo o CDS/PP não têm sido bons exemplos nestas questão!

Anónimo disse...

Você já assistiu esse video aqui? Vi ontem e acho que te interessaria. E um muculmano ensinando o jeito certo de bater na esposa...
http://www.youtube.com/watch?v=6ZP31ip-_S4

Maria Helena Santos disse...

Anónimo,
muito obrigada pelo vídeo. É sempre importante estamos informadas/os... O vídeo mostra bem como ainda temos muito trabalho pela frente para chegarmos à igualdade de género!