Perante tal retrocesso civilizacional, que atinge sobretudo as mulheres, já várias pessoas e entidades vieram responder a esta medida com grande indignação. A Associação para o Planeamento Familiar (APF), por exemplo, alerta condena esta medida e acredita que o Fim da comparticipação da pílula pode aumentar recurso ao aborto (JN).
Veja também o site: http://www.apf.pt/cms/files/conteudos/file/Noticias%20e%20destaques/2011/Setembro%202011/NI08092011.pdf
Felizmente (para algumas pessoas), a pílula continuará a ser distribuída gratuitamente nos centros de saúde (CS) e nas consultas de planeamento familiar. No entanto, já todas/os sabemos como as coisas, por vezes, funcionam nos CS e quem acaba por lá ir com mais frequência – as pessoas mais carenciadas. Isto significa que esta medida vai gerar mais desigualdade sociais.
Como diz Andrea Peniche, do BE, num contexto destes em que o objectivo é poupar, Quem corta assim é parvo, porque é já mais do que sabido que “a medicina preventiva é mais barata que a medicina curativa [o que interessa mais ao Governo] e, sobretudo, mais humana.” Tanto a deputada do BE, Helena Pinto (A pílula é um luxo?), como a APF salientam, e muito bem, que estes produtos "não são luxos". Foi graças ao recurso da pílula, como método contraceptivo, que foram alcançados os elevados níveis de contracepção no nosso país.
Uma coisa é certa, uma medida destas é inadmissível no séc. XXI. Não podemos ficar de braços cruzados perante tal atentado ao DIREITOS DAS MULHERES!
Não ao retrocesso
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